Arde saber que quem não vê os rios não entenderá as correntezas, e que nada há de se revelar num mundo silencioso e sem luz.
domingo, 4 de setembro de 2016
Rancho
Eu planto ideias nos relatórios, assim é necessário por minha água e meu pão.
Ah, mas amo mesmo é meu rancho que sequer tem nome.
Não tem luzes nos postes da estradinha de barro onde caminho.
Amo o verdadeiro "bom dia!" do senhorzinho que levanta às três horas para a colheita de legumes e verduras para que sejam enviados à capital,
O romantismo dos violeiros nas praças...
Já plantei idéias de fazer planos.
Agora quero ouvir o vendedor de pães passar vagarosamente em sua bicicleta de casa em casa oferecendo pães quentinhos.
Quero o café fresco.
Em razão da nítida vista dos astros iluminando o céu à noite planejei um nome para o rancho:
"Vale da Lua"...Vale do Luar... Mas já deixei este plano pra lá.
Melhor não ter nome.
O dia ensolarado é o palco num teatro em relembranças da meninice:
Saltar das pedras nas águas dos rios,
gritar bem alto e sileciar em seguida para ouvir minha voz ecoar nas montanhas,
Deitar-me na grama verde e brincar de achar animais nas nuvens estampando e refletindo a natureza no cristalino dos meus olhos.
Expandir meus sonhos,
Ganhar os céus misturando-me as brancas nuvens e aos pássaros migrando para o sul,
Voltar no vento da primavera para olhar as flores que cultivei em junho...
Só.
Corina Sátiro - 02/08/2016.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário