quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Manhãs


Te vejo dormindo e te afago sem que percebas deixando minhas mãos deslizarem sobre as tuas aquecendo-as como sempre fiz todas as noites.

Me deito ao teu lado e me aconchego devagar para que não acordes.
E com o zelo e o amor que te tenho vou buscando o teu corpo enquanto dormes
para o aconchego ao meu.

Com um abraço delicado te envolvo para que possas sentir-me sem despertar.
Apenas revira-te na cama voltando teu rosto para os meus olhos que observam tua respiração leve, calma... Como as ondas do mar que te escrevi numa noite qualquer.

Te deixo um apanhado de sonhos que roubei das madrugadas e de nossos passeios noturnos penetrar os poros. Percebo com encantamento teus risos em sonhos.

Teu coração bate bem devagar.
Te liberto da insônia que te abate.

E quando amanhece saio sem deixar bater a porta esperando o dia do encontro onde nossas almas e corpos dêem forma a sede e a fome dos lobos adormecidos.

 16/09/2016

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