Arde saber que quem não vê os rios não entenderá as correntezas, e que nada há de se revelar num mundo silencioso e sem luz.
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Meia-Luz
Gosto do escuro e da meia-luz.
No escuro viajo pela Via Láctea e vejo outros mundos, conheço outros seres viajantes, beijo uma estrela assexuada que nasce sorridente e me oferece luz enquanto tu dormes.
Sabes que sou viajante em tantas vezes que adormeço o corpo e te aquietas para que eu vá me fortalecer nos lugares de origens desconhecidas por ti. Assim me acolhes em teu íntimo.
Mas ao voltar, na meia-luz, vejo teu corpo coberto e descubro-o. Em cada detalhe percebo um desejo vivo e audaz ao ponto de me luzir os olhos e fascinar a vista acizentada pelo pelo negrume da noite.
Tanto amo teus lábios com gosto de uvas vermelhas!
E em tua pele sinto o cheiro de pêssegos maduros que nos salienta a libido devolvendo-nos o prazer. E sob os lençois deito-me nua e a sorrir; a buscar teus olhos e o frescor de tua pele que exala cheiro de flores e calmaria.
Respiro teu hálito com gosto de mel puro a lambuzar os lábios quentes na noite fria que nos encontra.
21/09/2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário