Procuro o céu e não o encontro lá fora.
Por vezes acho que não foi o céu quem sumiu...
Talvez tenha caído, como caem os anjos rebeldes;
Por vezes estou apenas só e meu espírito foge por aí como um desertor com a imponente cara de brisa leve que reaparece somente pela manhã a brincar nos giros dos furacões.
Tão deserta quanto o mundo apocalíptico, tenho o corpo coberto pelo fogo, pelas chamas que gritam em meu silêncio irrequieto.
Somos caminhos cobertos pelas areias das dunas quentes a suplicar:
Oh, estrelas cadentes, não resfriem este mar!Por vezes acho que não foi o céu quem sumiu...
Talvez tenha caído, como caem os anjos rebeldes;
Por vezes estou apenas só e meu espírito foge por aí como um desertor com a imponente cara de brisa leve que reaparece somente pela manhã a brincar nos giros dos furacões.
Tão deserta quanto o mundo apocalíptico, tenho o corpo coberto pelo fogo, pelas chamas que gritam em meu silêncio irrequieto.
Somos caminhos cobertos pelas areias das dunas quentes a suplicar:
Nem queimem as areias da praia deserta ou das dunas brancas onde caminho presa às ilusões que crio e recrio a cada dia, mês, ano, minutos...
Perversas e infinitamente lindas são as estrelas cadentes que nos fazem percorrer seus trajetos alucinantes mesmo quando não há céu a ampará-las.
Perversidades tão mansas e sutilmente queridas por minha pele-oca de onde caem meus sonhos amedrontados e inquietantes.
E somente dormirão meus olhos quando assistirem ao eclipse total do anoitecido e o amanhecido em mim.
Corina
Sátiro – 24/07/2016