terça-feira, 20 de setembro de 2016

Omissão de Palavras Mudas


As músicas que ouço me fazem lembrar nossas poucas palavras, nossas escritas com seus diferentes estilos que permanecem em meu lugar preferido: minhas veias, que sem o sangue azul  amarelam-se como os últimos raios de sol que despedem-se apenas por uma noite voltando a brilhar nas primeiras horas que trazem o amanhecer.

O sangue

Como amazonas perdidas que não dominam seus cavalos e veem os puros-sangues galoparem quase que sem rumo em um corpo largado à distância perturbante sem ver raiar a luminosidade do mesmo sol que se fora na noite anterior e coagulam na abertura do ferimento indizível.

O querer amolado

Tento desesperadamente compor e musicar uma canção pra te ter sempre presente e não consigo por que quando dedilho as cordas ouço teu silêncio de sempre. Aquele que fez morada em ti e  contagiou-me calando-me talvez para sempre nos diferentes versos que compunha.

Porvir

E o futuro desconhecido me amarra em baixo da soleira de minha porta. Deixando-me duas taças de cristal para algum evento, mas tenho minhas mãos atadas.

Corina Sátiro - 20/09/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário