Arde saber que quem não vê os rios não entenderá as correntezas, e que nada há de se revelar num mundo silencioso e sem luz.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Encastelados
Vamos?
Vem comigo!
O mar tá sorrindo pras gaivotas hoje, tá cheinho delas brincando, banhando-se nas águas.
Vem!
Preciso te mostrar...
Corre comigo!
Surpresa!
Com os grãos de areia ergui um castelo.
Podemos entrar nele!
Subamos as escadas e olhemos da torre.
Olhe a vista pro mar agora, os cardumes que fogem dos pescadores,
as ondas que dançam por nos perceber a admirá-las.
Daqui, você eu poderemos escrever poemas, crônicas...
Os marinheiros sorrindo no cais em sua volta pra casa, os barcos que dançam no azul das águas... É mágico!
Ah, neste castelo plantei os sonhos que colhi na infância.
Corridas pela chuva,
Chutes nas poças d'água,
Banhos nas calhas das casas...
Ergui-o na noite em que caminhei só, observando o farol girando e brincando de colorir meus olhos sentados em um arco-íris escorregando nas cores que dele saiam.
A Terra girava comigo.
Os edifícios giravam soltando flores pelas janelas...
Vem comigo!
Vem!
Corre comigo!
E quando nos cansarmos,
Sentaremos na praia segurando os grãos de areia sem deixá-los esvairem-se entre nossos dedos.
Corina Sátiro - 22/09/2016
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