terça-feira, 12 de maio de 2009

Ilusão

A ilusão me leva ao ar montanhoso da terra onde nasci, e numa tarde fria vejo-me nua e medrosa a arrastar-me pelo piso molhado.
Onde haveria de chegar com tantos pensamentos?
Pensar é cansativo demais, por isso durmo às tardes inteiras; me levanto pelas madrugadas e pego-me a andar pela casa analisando as côres das cortinas das janelas da sala.
Lá fora o vento assovia medroso e anuncia a chuva fina, então recolho-me a tomar uma xícara de chá de maçã.
Quem sabe ao alvorecer meu coração já esteja ensolarado?

Corina Sátiro - 01/04/1995