Ainda que por fração de segundos
Perdesse a profundidade dos teus olhos
Peregrinaria sem rumo no etéreo.
Peregrinaria, sim.
E por todos os dias meus lábios
Permaneceriam congelados numa neve rubra
Jamais vista antes do pôr-do-sol.
E meus dias e noites adormeceriam em silêncio
Por séculos e séculos.
E de minhas mãos nenhum gesto,
De meus olhos nenhum brilho.
Corina Sátiro.
- maio/2004
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