Um ruído na noite interminável.
Um espelho quebrado e o medo de
olhar;
Um medo de ver meus eus
estilhaçados,Refletidos dentro das poças de lama.
Muitos eus!
Alguns brincando no jardim de minha infância,
Outros dançando no inferno.
Alguns invadindo teus olhos dispersos.
Meus eus atrevidos, mal vestidos...
Eram cuspidos logo em seguida
por um eu sufocado de medo.
Durma minh`alma, não os queira ver!
Eus miseráveis.
Outros eus?Lá vão eles de mãos dadas cercando exércitos,
Atirados à guerra milagrosa.
Deveriam ser solidários com a morte!
Num grande teatro
Gargalham na platéia,Sobem ao palco e viram palhaços!
Brincam, brincam, brincam,
brincam!
Abraçam os meninos atores no final
do ato,
E sem que se perceba somem
pelos grandes corredores.
Corina Sátiro - 10/06/2005
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