sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Homem

Me olha de dentro do casulo.

Resguarde-se

De quê?

Respiro.

Eu quase posso ouvi-lo

Num colóquio sussurrado falando de flores,

Dançando sozinho, vivendo as cantigas de roda

Ora menino, ora cão

Que fareja todas desfilando "nuas",

Experimentando meninas desajustadas.

Vira às avessas, transpassa a retina das esquecidas.

Eu nunca o vejo, nunca celebro sua chegada

Nem pelas tardes, nem nas vazias madrugadas

Onde as viagens são corpos sós e nus;

Desprotegidos, fingidos, maquiados...  

Ele é noite; eu, dia...

Ele é sonho.
 
Parte fantasiosa do meu livro não escrito.

Traçado sem permissão.

 Corina Sátiro – 18/08/2015

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