quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Moinho

Hoje descobri onde fica o moinho.Sentei-me as margens do rio a olhá-lo enquanto as folhas
secas eram arrastadas pela ventania e rudemente arranhavam meu coração, a criar lesões

que posteriormente transformariam-se em cicatrizes que perdurariam algumas luas E o
moinho girava velozmente a esmagar a água agonizante entre seus braços compridos, Sorria ao ver meus olhos embaçados pelo lixo que vinha com o vento que surgira

inexplicavelmente.Acho que adormeci. E ao adormecer senti meu coração ser arrancado
pela escuridão e esmagado pelos dentes que vira gargalhar e esmagar as águas do velho moinho.

Doeu.
Perdi meu coração ás margens do rio assistida pelo furacão do ódio que teria sido soterrado
pelo tempo corrido.Avassaladora ventania a levar sonhos, A soterrar meus pés que

afundavam na lama de lágrimas misturadas a terra e ao horror. Então ouvi meu choro a
jorrar lágrimas para dentro da alma esguichando sem direção toda a minha alma

Virando orvalho seco.
Moinho envelhecido, moinho antigo e petrificado

Por que encantei-me com as histórias dos moinhos?

E cobri o rosto com as mãos geladas, assombrei-me!
E corri pela relva a procura do rancho,

Do canto do rouxinol, assim viveria para sempre.

Corina sátiro - 05'10'2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário