terça-feira, 4 de agosto de 2015

Aplausos

                                                      
Esta é a aura que tenho na simples condição de criatura.

E você me vê aqui no palco em meio aos holofotes sob as luzes.

Não vê que não há palco, criatura?

Obstáculos em círculos nos separam os fragmentos doloridos.

Neste momento vejo-me como a criação do Messias, não como criadora de nada,

E vejo as variações dessas formas criadas.

Todas férteis, aflitas, sorridentes;

Todas fustigadas, de encontro a fadiga - mas, só.

Aplausos para as caricaturas desenhadas quando todas as vozes se distorcem

Num eco estridente, assustador e comovente.

A bala entrou no coração doente, 

Bem no meio do peito!

Esta é a cena no cenário sujo.

Criaturas criando versos.

Em meio ao cenário sujo...

Meu submundo no camarim. Isto ninguém viu! 

Julho de 2015

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