sábado, 8 de agosto de 2015

Silêncio

O  Silêncio tirano exclui meus risos quando estes não poderiam fazer parte
De tudo o que posso adquirir com as visões que me vem de dentro da solidão de hoje  
O  oculto e o ocultismo chegam quando as palavras calam
E minha morte é quase  vista em suas tolices.   
Quão tola é a morte quando a vida sobrepõe-se num grito que ecoa.

Vãos  de escadas - mais pareço.
O  silêncio é o peso abstrato que mais  pesa em minhas costas doídas,
E ainda assim os olhos me fecham e rio de mim,
Solitariamente rio do fim que acaba sem começo!
E sorvo o café enquanto observo a peça de louça branca na mesa vazia.

Não vá medir-me a distancia!
Calcule o tamanho imenso da sóbria embriaguez
Que me açoita no início da noite
Quando olho a vida com cara de quem a conhece em sua plenitude...
Quanta tolice!

Diante do tirano silêncio dobramos nossos joelhos
E vimo-nos cair em prantos...
Já não é hora de dormirmos?
O silêncio mata os sonhos.
E enquanto dormimos o sentimos falar, falar, falar...

05/07/2006


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