domingo, 23 de agosto de 2015

Olhos Bélicos

Corações são moleques inconseqüentes.

Abrem seus peitos

A qualquer amor,

A qualquer dor;

Batem em qualquer peito,

E numa noite, tomados por uma  arritmia, (medo vem, medo vai...)

Descambam mundo abaixo.

Eu, sem a verve daqueles que encantam,

Já não tenho o meu,

Porque meu coração Latino-americano

Anda distante, anda tristonho;

Muito além dos seus quintais.

Um dia pensei:

Talvez morra ainda jovem, e não morri!

Suas batidas imergem na escuridão de uma noite imensurável. 

Ou, (vá saber!) sobreviva a guerra iminente.

Meu coração perdido anda ferido,

Porque olhando o  Oriente vai morrendo aqui na América Latina.

Corações moleques,

Corações de lá já não sabem o frescor da chuva, 

Corações daqui  em meio ao nevoeiro,  calam-se.

Sós, em meio ao nevoeiro, calam-se,

E meus olhos desencorajados permanecem olhando o "nada" que vem.



Corina Sátiro – 20/08/2015 

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