quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Caminhada de Uma Pessoa Solitária

Vi seus olhos abertos e assustados

Implorar-me a volta dos risos e canções.

Senti sua mão no meu rosto

Implorar um grito.
Mesmo que fosse de guerra... Ah, não !



Mas minha dor era calma

Como o nevoeiro que abraça o prédio mais alto da cidade.

Andei pelos seus sonhos e descobri sua realidade;

Descobri fraquezas enormes.

Ah, meu Deus! Como são parecidas com as minhas!


Olhei a rua vazia, levantei os olhos e segui em frente.

Vi no espaço cinzento uma grande estrela amarela a exibir-se

Como criança pequena que começa engatinhar empoeirando-se na terra.

As horas passam correndo por mim

Caminho em direção ao horizonte vazio.

Lá devo achar alguém.

Corina Sátiro - 01/09/2015

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