terça-feira, 22 de setembro de 2015

Anjos


O cheiro de capim molhado que vem da chuva fina
Traz a libidinagem dos anjos rebeldes que inventam noites claras.
Vozes! Quantas vozes ouvidas e não distinguidas saem às ruas,
Meu Deus!
São armas!
De fogo,
De jogo!
Se amam, se enganam!
Seus caminhos azuis cheios de flores brancas estão à espera
Ao romper do dia.
A fantasia alucinógena lhes cairá bem ao amanhecer.
Juras desfeitas e há muito naufragadas;
Sonhos insanáveis que cansam as pálpebras, desatam os nervos.
Estão sempre a flor da pele. 
Amando, cantando, sorrindo, chorando.
Como são belos os anjos!
Se são dos céus, se são da terra, se são apenas anjos
Rebeldes e cheios de luz...
Vai saber!

Corina Sátiro - 10/10/2011

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