Água com leite, água cuspida...
Que
se beba em mãos em cuia,
Em
latas enferrujadas,
Em
latas rotuladas:
Bebam!
Meu
cristalino não enfoca!
Parece
bruma amanhecida de tão fria essa gente esquecida.
Deixem
de falar " debaixo dos panos " coisa alguma!
Caiam
as palavras em tons explícitos.
Que
os barbados lavem os tímpanos!
E
ouçam o que não nunca lhes fere.
É o
que a mim parece que lhes acontece!
Nossas necessidades mínimas...
Basta
de água!
Queremos
nata, queremos sobras de leite, um pedaço do seu "queijo podre"!
Queremos
terra!
E
pro seu governo, estamos enfermos.
Sem chá-mate, sem erva-doce...
Isto nunca lhes dói.
Nem
na carne, nem na alma!
Aos
seus olhos nada acontece. Tudo está certo.
Porém,
nos nossos olhos há uma agonia eternizada,
Agonia aguada.
Corina
Sátiro – 19/05/2015
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