sábado, 12 de setembro de 2015

Cantiga de Ninar

Numa noite chuvosa uma estrela no céu sentou-se a chorar.

Seu brilho acanhado nascido de um ventre perdeu-se nas nuvens,

Sumiu num tornado que veio do mar.

Um mar tempestuoso,

Com ondas gigantes!

- Quer me afogar ?

Mãe lua tristonha mergulha nas ondas e põe-se a nadar

Em busca do brilho

Que só uma estrela com luz tão risonha

Podia o mundo fazer acalmar.

Seus braços aflitos pediam aos gritos:

-Tornado, se vá!

Não brigue comigo,

Jamais serei teu castigo

Chegando dos céus, terra e mar.

E não é direito ofuscar minha estrela,

Fazê-la chorar. 

E mesmo sem brilho...

Sou lua minguante,

Eu sempre sou mãe no espaço que é meu!

“Nana, neném” ...


Corina Sátiro – 05/03/2002

 

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