Coração é o nome de uma imensa rocha flutuante que gira
no céu e interioriza-se em nós.
Grãos de areia que formam ruas e desertos endovenosos em
nossos pés
Que seguem em frente somente.
Filhos do mundo, teus olhos são demasiadamente grandes!
Quero poder amar e vêlo-los brilhando todas as manhãs, e assim caminharei iluminada pelas galáxias.
Por todas as espécies tenho chorado e já perdi noites de
sono girando ao redor de mim.
Não quero observá-los assim!
O véu da noite cairá sobre todos em um dia inesperado,
O pôr-do-sol não mais veremos.
Cegueira!
Não nasceremos todos os dias, filhos do mundo!
Quebraram o renascer por
esta inobservância.
Vejam as leis da vida real.
Ora, é sabido que tenho instinto materno, e choro, choro...
Vivo a acolher filhos de toda etnia em meus braços de mar
e terra;
Filhos de braços de mares,
Filhos de grãos de areia...
Protejam-me da explosão lunática de tuas cabeças,
Guardem meus lençóis azuis bailando no arco-íris...
E na véspera da chuva que sairão de nossos olhos,
morreremos!
Guardem meus lençóis do arco e da flexa!
No mais, acho que não sou daqui.
No mais, acho que não sou daqui.
E a Terra gira, linda e soberana Mãe!
Corina Sátiro - 19/06/2003
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