Arde saber que quem não vê os rios não entenderá as correntezas, e que nada há de se revelar num mundo silencioso e sem luz.
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Dé jà vu
Não me reconheço nestas imagens fotografadas, nelas esbarro sem nenhum equilíbrio.
O que vejo em minhas lembranças?
O que fizeram com minhas memórias?
Penso, penso... Olho as quatro paredes de meu quarto e é espantoso não saber onde estou.
Aí, minha cabeça entulhada de pensamentos confusos !
Não sei onde me querem levar.
Por que o passado aparece em flash?
Inventaram tudo.
Criaram os templos e arrastaram multidões.
Quero sair daqui e trilhar meu próprio caminho em paz
Na inquisição queimaram bruxas e bruxos,
Queimaram aqueles que tratavam de nos encaminhar, de nos mostrar a direção.
Ainda estão aqui. Agora dissimulados.
Meus irmãos já não são meus irmãos.
Partiram em viagem nos grandes vagões da salvação.
Irei eu pelas ruas desertas porque sou dona de mim!
Sou parte do Criador.
Minúscula parte que vê todos os sóis,
Irmãos da mesma galáxia.
Sou singular
Lutarei até a morte
Me encaminho sem as leis que criaram,
Sem as rédea que há muito me tiravam o sono.
Se me seguem, matem-me!
Não tenho medo se lêem meus versos.
Se há um compromisso com a realidade, este farei valer se não me decaptarem ao amanhecer.
E se me calam, minhas palavras viverão.
Corina Sátiro - 20/10/2005
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