terça-feira, 14 de julho de 2015

O Elo

Meu olho e alma, e os pedaços perdidos do meu "dano psíquico"
Não me causam estranheza, e os rumos desconhecidos também não,
Pois após tanta dor, vi um coração raquítico pulsar doente em mim.
Restavam duas dores que tive que entender: meu céu e meu chão.


Um beijo na mão me alimenta...
E que falta sentirei de mim mesma se não me vejo?
Estou atrás das dunas a olhar o vento quente que derrete a tarde
E a lembrança de ti ... Não te vejo! 

Ah, mas quem dera ver o início da fúria em mim!
Arrancar os resquícios da doce lembrança dos teus olhares,
E riscar, pondo meu nome - em tua face - com o mesmo pincel que usei no quadro inacabado que ainda guardo amedrontada,
 
Mas de que adiantaria tudo isso, se ainda quero beijar tua face no quadro desbotado onde não terminei a pintura?
Então, guardo o pincel para pintar o céu

Dores de mim, deixem a paz cantar nas conchas achadas na areia!
Eu que me achei sem querer perdida na distração,  num barco vazio que corta o mar
a sonhar com cavalos brancos...
Sei que era apenas a menina em mim!
 

 

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