Não me causam
estranheza, e os rumos desconhecidos também não,
Pois após tanta dor, vi
um coração raquítico pulsar doente em mim.
Restavam duas dores que
tive que entender: meu céu e meu chão.
Um beijo na mão me alimenta...
E que falta sentirei de
mim mesma se não me vejo?
Estou atrás das dunas a
olhar o vento quente que derrete a tarde
E a lembrança de ti ...
Não te vejo!
Ah, mas quem dera ver o
início da fúria em mim!
Arrancar os
resquícios da doce lembrança dos teus olhares,
E riscar, pondo meu nome - em tua face -
com o mesmo pincel que usei no quadro inacabado que ainda guardo amedrontada,
Mas de que adiantaria tudo isso, se ainda quero beijar tua face
no quadro desbotado onde não terminei a pintura?
Então, guardo o pincel para pintar o céu
Então, guardo o pincel para pintar o céu
Dores de mim, deixem a paz cantar nas conchas achadas na areia!
Eu que me achei sem
querer perdida na distração, num barco vazio que corta o mar
a sonhar com
cavalos brancos...
Sei que era apenas a menina em mim!
Sei que era apenas a menina em mim!
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