terça-feira, 14 de junho de 2016

Incertos


Todas as incertezas te cabem mal
E não é pertinente perguntas sobre isto

Não há o que refletir, proteção tens sobre minha instabilidade de humor


Não há mais noite e nem dia
Não há calor
O frio é perceptivo e doído


É visto como espada que corta sem piedade dedos e ossos de uma carcaça insana
Quando foi tua última noite dormida?
Quando foi teu último beijo na face do irmão desta enfadonha dor?


Não me fale do medo que tens... 

Sabes o que é arrepiar-se de pavor ao ver o dia raiar ou a noite que cai?  Não; não sabes.
Quem sabe?! Ninguém


Nada mais tenho, o que tinha já doei
Em nada posso crer agora.
Então, deixe-me arder na febre a mim imposta


Deixe-me só com minhas perguntas tolas, porque cabe somente a mim ver a poesia nesta lamúria infinda
Cá está o amor que não é perceptivo,
Cá está a profundeza do globo onde caem meus olhos deixando as pálpebras fechadas e para trás

Saía e apague as luzes
Enxergo minha solidão na impaciência que me corrói sem esperar nada do tudo e o tudo do nada


Não me queira mal neste momento
Não me toque
Despreze-me, é simples

Não finjas nada

Desnecessário é o teu ficar comigo
Há sempre um desenlace compreendido por mim, pois meus caminhos são tortuosos e ferem

É quase hora da morte dos sonhos
Não fique sem rumo quando eu desistir de beber da água retirada do lago onde mergulhas.
Não te entristeças


Veja-me apenas como uma das estrelas que se apagam no firmamento.
As outras lá permanecerão a brilhar para o mundo em em teus olhos.

Corina Sátiro - 08/07/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário