Amo meu corpo moreno doado a mim ao nascer e dele cuido para o meu bem viver
E quando aqui do outro lado, vendo as coisas - de fora para dentro - não as vejo em alguns
Tenho pena de não poder ver as crianças levantarem-se orgulhosas de si mesmas nas manhãs ao olharem aqui fora algumas coisas (crianças aprenderão olhar tudo se as ensinarmos)
Vejo os caminhos longos nos
passos infelizes das almas que nada olham
Contudo, compensa-me viver a minha naturezaUm dia o arrulhar de pássaros azuis
Noutro dia o silêncio no piano calado na sala para que eu possa ouvir o rouxinol
Abracemos os vales verdes
enquanto há tempo
Perdoemos os erros mortais - os de dentro e os de foraLicenciem-me para adentrar meu eu agora
Pois já anoitece e não me vejo aqui fora
Sempre venho de dentro...
Que adentre a mim as coisas de dentro, não às de foraSei bem o que é a beleza infinita das coisas ao olhar
Algumas pessoas de fora para dentro através de suas almas que passeiam
Se viesse de dentro de todas pessoas esse amor...
E se olhassemos todos de fora para dentro?Atentem-se para as coisas de dentro
Respirem, filtrem o que nos doam os arvoredos e o devolvam ao tempo lá fora
11/12/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário