domingo, 23 de outubro de 2016

NOTA *



*
Prezados leitores, sirvo-me desta postagem para comunicar-lhes que estou saindo do diariobranco.blogspot.com para minha nova página. Os senhores poderão acessá-la no endereço abaixo:

http://www.recantodasletras.com.br/autores    Corina Sátiro


Aproveito esta oportunidade para deixar minha imensa gratidão a todos que me acompanharam durante todos estes anos lendo e comentando meus textos.


No aguardo de sua visita em minha nova página, despeço-me.


Atenciosamente,


Corina Sátiro


23/10/2016

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Rabiscos

Ouço seus passos lentos por uma estrada de pedras, e n'um momento de emoção indescritível vejo um riacho em suas mãos abertas em conchas.
Vejo-o cerceado pela mata ciliar refletida intensamente no brilho de seus olhos

Trazendo o tom de minhas cores preferidas, me presenteando o que sai por sua boca, nariz, ouvidos e olhos escorrendo em minhas mãos... "obrigando" a mulher estática a mover-se, mostrar-se.

Que dispa-se então a mulher estática!
Que sorte minha receber sua imagem assim, uma alma nua transportando riachos nas mãos.
Vejo-a antes por dentro e posteriormente por fora em suas cores a aquecer meus sonhos, levando-me ao mergulho inevitável.

Sinto o que se move nas águas que me banham o corpo enquanto meu coração é desenhado em seu leito amplo.

Tão amplo que perde-se em horizontes que me fecham os olhos ao abrir com destreza os segredos de um enferrujado cofre onde guardo apenas segredos,

Confundindo seus cílios com o riacho que lhe nasce na aparência fria do medo que de dentro lhe brota, sigo em sua direção porque tudo em você vem de dentro e mistura-se a beleza da capa rara que lhe veste.

Sua alma límpida é como as águas cristalinas que se vê no riancho seguro, nas mãos transbordando sentimentos

E de manhã lhe escrevo estes tolos versos.

20/10/1985

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Confidências Por Telecinesia


Será !?
Sabes.
Entendes,
Mandas todas as cartas do jogo.

Entendes. Entendo.

O quanto podes decifrar-me em minhas loucuras tão descabidas (?)
Por que somos seres iluminados!?
Não sabemos nada (ainda).

Ainda que eu me atirasse nas sombras de versos e rimas desastrosas tu me entenderias muda, cega; ainda assim podes ver-me com trasparência.
Bem sabemos que podes.

Se digo te amo quando acordo pelas madrugadas... Duvidas.
Restamos nós como "anormais" em percepões nas entrelinhas, em telecinesia.

Nos cabe saber:  escrevemos - e tomamos o empréstimo de todas as artes ao nosso alcance - e, com mensagens engarrafadas e misturadas ao vinho que embriaga - lançamos ao mar perguntas e respostatas às nossas dúvidas, e estas não se perdem nunca.

Fascina-me teus sonhos e olhares em nuvens que me preparam para a chuva fina que me toma a vestimenta da paixão e dos olhos vermelhos.
Tu choras e eu choro silenciosamente para que não ouças e beijo teus lábios molhados.

Tens olhos a alcançar nesta distância incauta o meu jeans azul desbotado por minhas andanças à procura dos olhares teus, que me deixam atônita e disforme ao viajar em tuas roupas atiradas ao chão quando te cansas num turbilhão de emoções que também me invadem.

Por que me entendes tão brilhantemente e me responde em fotografias que tens expostas em tua galeria ?

E te observo das calçadas pelas vidraças embassadas dos cigarros que tragamos por ansiedade.

Frente tal galeria,  como mendiga atento para o brilho retratado em teus  gestos, olhares,  perguntas... As quais aqui respondo com olhos nos olhos neste momento de sonhares que me tomam pela madrugada.

Ainda que eu apenas te mostrasse aos ouvidos e olhos sonoridades jamais entoadas ao dedilhar prantos em minha flauta verde do alto das montanhas
em completa solidão perceberias meus desalentos lacrimejando ao cantar aos estranhos que rumam para a vida que têm ou que acham ter.
Estarias mergulhando nos sons que te ofereço.
Sons que soam em nós.
Sons que sobem à tua mente cansada.
Mas sabes interpretá-los e decifrar cada nota musical ou escrita que rabisco.

Decifras, por um acaso meu amor por ti ?
Consegues decifrar, então vê o que tenho guardado por meses somente para te presentear, para te oferecer...

Como sabes,  é o "segredo" que guardaram em nossas mãos que não se abrem ao anoitecer, nem ao amanhecer neste momento, mas tocam-se e entrelaçam-se na noite. Tocamo-nos feito crianças curiosas...

E eu vejo estrelas em teus pés , em teus passos, bem sabes.
Ciúmes ? Existe a probabilidade... Há o momento em que nos tornamos adolescentes cheios de hormônios a trasformar-nos. Disto não temos conciência. É fato.

Olha-me agora, nua e transparente. Olha-me agora nos olhos e tirarás todas as dúvidas que não tens.
Trata-se de uma confusão mental.
O que amamos está bem guardado para um dia de chuva.
Bem sabes ao interpretar o que há em minhas mãos.
Vemos e sentimos nossas emoções.
Vemos e sentimos nossos corpos e almas.
E tinha que ser assim. Nada planejamos, apenas sentimos.
O universo conspira e impera, sempre.

Corina Sátiro - 19/10/20!6.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O Belo

Lindo como o sol que brilha em minha pele rejuvenescida pela macies de um toque terno e incomum que desequlibra e reduz os poucos minutos que tenho para resistir e não deixar que me enlace.

A fuga acelerada me leva ao meu reencontro suave, lúcido, sem desvario.
Prenuncia um futuro que necessito agora para fugir de tudo o que me levaria a um total descontrole e desequilíbrio, destes que nos racham ao meio, daí haveria arrependimentos e súplicas por redenção.

É um deus enigmático,
cheio de nuances
de cores, de beleza exótica;
um fruto doce e cítrico,
de laços em nós que apertam-se sem possibilidade de desatarem,

uns pingos de chuva no verão que ferve em sua própria tez nua, quente e única que lembra o vento soprando como brisa leve em minha direção com olhos de fogo.

Veio com a lua cheia, feito lobisomem
em sua agilidade saltando sobre as desordens de minha alma embriagada de sentimentos que incitam a violação de tudo o que comumente trazem sossêgo
para as resistências.
Poderia me aliciar, e então, me salvo de mim, como tantas vezes o fiz.

Corina Sátiro - 17/10/2016

domingo, 16 de outubro de 2016

Burburinho


Não consigo descrever o que sinto.
E na espera do entendimento do que vivo vou seguindo pelas páginas "roubando" com olhos espertos as ilusórias dissertações e agradecendo as homenagens nos poemas que recebo.

Sufoquei a voz e agora estou sem palavras.
Não quero sambar em um carnaval fora de época apesar de lindas avenidas arrastarem-me os pés.
Por ora, aguardo minhas emoções dizerem algo novo, então prefiro o breu de minhas cavernas onde sinto-me segura.

Sem frio, sem medo, sem tempo certo, sem a luz do dia que arde em meus olhos,  sigo o brilho das lanternas de minha história a catar palavras que possam descrever sentimentos confusos que desnorteam-me.
Meus olhos observam a negritude do dia escondido atrás das muralhas que crio na lentidão das horas.

Talvez vocês não entendam, mas lhes direi: há uma estranheza nos versos sem rima, mas não me importo, e deixei de interessar-me por coisas que determinam o que devo criar ou fazer. Criarei agora o que quiser.
Nada mais.
Me apego ao nada e atiro a esmo.

Não admiro o que escrevo neste caderno amarelado, apenas escrevo.
E não ligo para as opiniões por não me importar com críticas. Danem-se todos!

Sinto por isso. Não me julguem.
É sábio não julgar.
Interem-se pela lógica ao assuntar o que desconhecem.

Sigo assim, ainda me importo por mim e interesso-me apenas pelo que acho que devo trazer às mãos e as idéias

Fiquei em paz ao despedir-me das luzes de um olhar , senti-me livre ao esquecer o passado.


Corina Sátiro - 15/10/2016

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Prisioneiros das Convenções

Limitados em ciências ocultas
E enclausurados no mau cheiro do bolor derramado

Carregam suas crias ao matadouro
São soldados desavisados e desarmados

Quem estaria do outro lado do muro a fotografá-los
servindo-se apenas de um olho num buraco aberto no muro?

Os céus estão muito acima para servir-lhes de ponte para a passagem e
em um buraco no muro um olho está aberto como uma boca de tubarão

A neve cai suavemente, as árvores estão a tremer no furacão
E perdem suas folhas, o cão ladra no breu, a dissonância estabelece-se e levanta o muro!

A passagem para a vida torna-se iminente através do caos
Então, estaremos a apenas a alguns segundos da verdadeira luz

 13/10/2015.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Escolhidos

Ei, menino !
Corra enquanto há tempo.
Não te iludas com desconhecidas ideologias, podes perder tuas vestes, sangrar pelos olhos e ouvidos e ainda ter teu povo oprimido e condenado ao porvir medonho tramado pelo que desconheces.
Chame teus amigos... Fiquem atentos !

Ei, meninas !
Mantenham-se sóbrias nas lutas que virão ao anoitecer e ao amanhecer, pois sei que chorarão ao despertarem sem teus filhos e teus espaços pelos campos, pois seus "proprietários" lhes tomarão.
Estejam atentas ou serão todas marcadas pelo sangue jorrado pelo porvir.

Não enssaiem santidade, sejam decentes como Maria - a mãe.
Ou serão Evas criadas se não ouvirem suas próprias almas.
Procurem em teus "eus" e entenderão.
Estejam atentas aos livros, muitos leram mentiras e estão nas gaiolas como pássaros adestrados a cantar para os cruéis

Ei, meninos e meninas!
O que lhes falo descobri. E adiante...
Posso ser a colheita dos malditos
Ou dos benditos.

06/10/2016

sábado, 1 de outubro de 2016

Manifestação Religiosa

Eu e as pessoas.

Cidades, estados, países;
Amores, alegrias, tristesas, guerras frias...

Paro para pensar em cidades e capitais que, para mim, são caminhos de todo mundo e para todas as pessoas.
São longas as minhas estradas e viagens.

Bem-vindos ao nosso Brasil !!!

Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul...

Meus olhares cheios de luz para a Terra...

New York,  Paris, Frankfurt, Tokio, Pequim, Ankara, Kiev, Jacarta, Moscou, Bucareste, Londres, Abu Dhabi, Varsóvia, Ankara... Não daria para citar todas como gostaria, mas uma coisa é certa:  por tudo o que sei somos todos irmãos. Isso também me deixa feliz demais, infinitamente feliz!

Também sou feliz como eremita e penso que trata-se de herança dos ancestrais.

O cosmos é inspiração para meus poemas, e os irmãos de toda a natureza, espécie e estrelas. Animais, vegetais, minerais... estão comigo neste livro que abro em meu peito para todos.

Minha mente expande-se a cada dia.

01/10/2016.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O Três


Ando atrelando ao meu lirismo contemporâneo a forte emoção conturbada
Das três irmãs,
Da regra três,
Das três horas - madrugada.
Do terceiro mês - nascimento do príncipe  esquizofrênico,

meu herdeiro sobrinho...
Com roupinhas amarelas aos três anos em uma foto antiga comendo giló e bananas com gula de gente grande.

O príncipe chorou muitas vezes e eu desesperava-me dando-lhe colo.
Menino chorão e belo, rico em expressões, às vezes palhaço rindo...
Por outras vezes rindo do palhaço imaginário.

O três - terceiro olho - sexto chakra...
As Três Marias nos olhando a passear nos parques, a jogar bola, brincar de esconde-esconde...

O pequeno príncipe cresceu e anda a divagar... Mas na realidade, tinha três irmãos.

Três - ASS - letras iniciais de seu nome.

Te guardo em mim nesta distância, menino príncipe.
Te guardo, sempre...
Sempre guardarei.

Corina Sátiro - 26/09/2016

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Encastelados


Vamos?
Vem comigo!
O mar tá sorrindo pras gaivotas hoje, tá cheinho delas brincando, banhando-se nas águas.
Vem!
Preciso te mostrar...
Corre comigo!

Surpresa!

Com os grãos de areia ergui um castelo.
Podemos entrar nele!
Subamos as escadas e olhemos da torre.

Olhe a vista pro mar agora, os cardumes que fogem dos pescadores,
as ondas que dançam por nos perceber a admirá-las.
Daqui, você eu poderemos escrever poemas, crônicas...

Os marinheiros sorrindo no cais em sua  volta pra casa, os barcos que dançam no azul das águas... É mágico!

Ah, neste castelo plantei os sonhos que colhi na infância.
Corridas pela chuva,
Chutes nas poças d'água,
Banhos nas calhas das casas...

Ergui-o na noite em que caminhei só, observando o farol girando e brincando de colorir meus olhos sentados em um arco-íris escorregando nas cores que dele saiam.

A Terra girava comigo.
Os edifícios giravam soltando flores pelas janelas...

Vem comigo!
Vem!
Corre comigo!
E quando nos cansarmos,
Sentaremos na praia segurando os grãos de areia sem deixá-los esvairem-se entre nossos dedos.

Corina Sátiro - 22/09/2016



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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Fuga

Um animal aprisionado pode arruinar-se,  e debater-se até que lhe abram portas às trilhas

Então os parques se abrem num campo de flores a olhar o coração frágil e pulsante que suplica caminhos livres para a fuga

Em passos longos adentro a noite e sei que ela é guardiã das frágeis criaturas que sofrem uma espécie de metamorfose espiritual
Percebendo que há luzes nos céus salto no tempo a correr

Outro horizonte:

Outra trilha paralela leva-me às ruas
onde caminharei até ao amanhecer e despertarei noutra vida sem os temidos predadores

Novos horizontes me levam a viver
O nevoeiro dissipa-se aos poucos e corro de minhas ilusões a procurar a máquina do tempo para voltar a reecontrar-me em tempo real

Talvez possa voltar ao meu habitat quando a harmonia fizer morada em
meu jardim.

Em minha volta os predadores saciados já estarão a trilhar outros rumos.

16/08/2016

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Dama de Louça

Hoje fui triste. Não sei a que horas por que estava rindo e dispersa.
Feroz na voz, enjaulada em pensamentos sem fim...
Não fui vencida e não sou anjo, voo e não tenho limites, o infinito é minha casa mais próxima.  
Com voz estridente gritei para que abrisses os olhos e me ouvisses,
E tentei dizer-te que a canoa virou.
Das verdades, não sei.
Não te quero mais,
Não sou domesticável como pensas, sou a dama que se quebra.
Não fui banida... Por que não fui? Sou alma.
Sou a dama que viaja no trem para os confins do fim.
Hoje não me gosto, mesmo que rindo e dançando.
Hoje estou cruel, num dia de adivinhações,
Ferindo meus próprios sentimentos
Qual é a mágica que me traz pureza e risos a estas horas?
Qual é o risco de não viver sorrindo?
Não tenho medo de chorar.
Nunca tive.
Chega de falar com olhos que nunca me veem,
Com bocas que não me falam.
Fecho os olhos, fecho a porta.
Fui perdida, fui vencida.

Corina Sátiro – não datado

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Busca


Se hoje prefiro estar só, por que abordas-me sobre o que faço, o que quero, ou como estou e onde vou em minha quietude?

Renasci nas horas que se passaram naqueles meses, no ano que findou lentamente e que já não existe mais.
Sou a minha própria voz a chamar-me baixinho e gentilmente para o novo.

Quantas vezes preciso dizer-te que o amor nunca morre? Vive para sempre. Apenas transforma-se.

Corina Sátiro - 13/09/2016

"A Casa Do Fim Da Rua"

Tento entender o que vejo em fotos que podem ter sido recentemente tiradas ou há milênios desenhadas...
Lembrando-os que meus olhos podem confundir as visões que tenho,
pois a miopia me põe a usar óculos ou lentes

Meus olhos não percebem bem muitas cores e não enxergam somente dores
Apenas veem coisas sombreadas ou iluminadas, tais imagens me parecem estradas sinuosas.
Uma tintura ou um grafite mostram um rabisco na vida de alguns, num momento de alegria ou de tristeza.., Outros me mostram a paz evidente em algumas cores que os tomam

Com sorrisos mortos ou vivos eu os vejo em seus amores perdidos ou encontrados; ou em suas alegrias numa grande euforia que confundem-me
Surpreendo-me ao não ver meu sexo, e penso que nunca o tive, mas sou uma mulher.
 
Teriam desenhado também minhas tantas vidas, faltando-me apenas a chegada a este recinto desconhecido onde não sou nada?
Por que estou aqui?
Lembro-me de ter chorado ao descobrir tais coisas ocultas aos meus olhos adolescentes

Quando adentro tais quadros o tempo está parado para os que lá "vivem".
Alguns têm olhos mortos, outros os têm ainda vivos, e muitos estão numa sobrevida.

Posso vê-los

Suas mãos não acenam e seus braços não abraçam mais, apenas buscam e precisam de outros braços que os levem a saída... Onde está a saída?
Sinto emoções diversas e inenarráveis
São muitas salas e jardins, nem sempre sei o que fazer...

Eles estão ali em minha mente?

Moldo-me à luz e sinto a leveza do ar nos tais quadros luxuosos e brilhantes
Observo o cristal que se sobrepõe ao espelho que reflete a luz que vem do porão que vasculhei à procura de explicações.

Devo esclarecer que não sofro de esquisofrenia.
Talvez esteja aos pés de meus rumos ou missão...
Acordo a pensar e sinto a leveza nos recintos onde caibo


12/09/2001

sábado, 10 de setembro de 2016

Montes Verdes

Precisei ir ao monte e lá acho que encontrei as respostas para minhas perguntas.
Quantas coisas perdemos. Deslizaram-se de  nossas mãos.
Tive dó de nós.
Se estivesses aqui verias a cidade lá em baixo toda iluminada.
A vista daqui traz as estrelas para bem perto, posso senti-las queimar-me.
Uma luz muito intensa percorre meu corpo fazendo-o tremer. Minha mente expande-se.
Gosto de estar aqui -  onde encontro meus pirilampos
Nos jardins deste lugar onde existem flores a olhar-me... Mas tudo bem. Tudo está bem agora.

Ri de seus risos e agora estamos aqui dentro de nós.
Não chore.
Ainda existe o infinito.

Corina Sátiro - 10/09/2016

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Amor


Sei onde fica o amor. E olha que é difícil entender quando aparece em lugares que julgamos improváveis.
O amor fica na gente quando somos gente de verdade.
O amor é imortal. Transcende...
Multiplica-se, triplica-se...
Nasce em todos os lugares, é majestoso, é frágil, é forte e poderoso. Cura. O amor cura!
Vindo de uma semente, amadurece aos poucos e transforma-se em fruto, e quando experimentado deixa o sabor perpetuado.
Amor é paz.
Amor é sempre, sempre lindo!
Há quem o confunda com paixão,
Mas o amor tem uma paixão que o acompanha e que às vezes fica pelo longo caminho. O seu trajeto tem estradas sinuosas, entroncamentos...
É preciso atenção.
O amor é o entrelaçamento de almas.
O amor não mata, ressuscita.
O amor é vida.

Corina Sátiro - 08/09/2016

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Morfeu


Deus da noite e da paz que 
Nos adormece
Me atraia ao R.E.M na morte temporária
E na saída dos labirintos da noite em tua grande paz
Dignifique minha mortalidade em tua sombra

Antes do amanhecer solte-me na brisa mais leve
Que possa existir junto as borboletas,
Pois com elas partirei sobre as flores
E descobrirei novos mundos

Imploro-te para que ao libertar-me à luz do dia
Leve-me sempre às asas da razão
Sem o entorpecimento mental dos irmãos mortais,
Leve-me n`uma viagem alegre

Leve-me onde eu possa cantar o lírico em teus braços
Observando o nascer da estrela maior bem, devagar
Leve-me contigo ao teu mundo encantado
Onde o sol é desnecessário a vida,


Onde a noite dure apenas o seu tempo
Onde os dias me permitam cavalgar
Em unicórnios aladados na velocidade da luz
Às viagens para os casebres nos sonhos coloridos de onde vim.

Despropósito (?)

Onde me achas a cada dia!?
Nas cidades e ruas que escolhestes para eu caminhar só ao calar-te na tua incerteza da fome e da sede que sabias que desvaneciam também a mim, a tua febre de presença foi a mesma que senti durante tua ausência tão doída em mim envolvendo-me o corpo e a alma numa solidão imensurável,  a levar-me ao mar e banhar-me no sal das marés lembrando lágrimas soltas por mim em tua pele clara e macia ao tocar teu rosto.
Em todas as ruas e cidades vi teu riso e te senti. Despi-me de meus medos para doar-me a um amor que via nascer iluminado.

Ando do lado de dentro de uma porta fechada por ti, 

Viestes guardando segredos...

Corina Sátiro - 05/09/2016