Resguarde-se
De quê?
Respiro.
Eu quase posso ouvi-lo
Num colóquio sussurrado falando de flores,
Dançando sozinho, vivendo as cantigas de
roda
Ora menino, ora cão
Que fareja todas desfilando "nuas",
Experimentando meninas desajustadas.
Vira às avessas, transpassa a retina das
esquecidas.
Eu nunca o vejo, nunca celebro sua chegada
Nem pelas tardes, nem nas vazias madrugadas
Onde as viagens são corpos sós e nus;
Desprotegidos, fingidos, maquiados...
Ele é noite; eu, dia...
Ele é sonho.
Parte fantasiosa do meu livro
não escrito.
Traçado sem permissão.
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