Arde saber que quem não vê os rios não entenderá as correntezas, e que nada há de se revelar num mundo silencioso e sem luz.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Vozes
Ouvidos
que angustiados ouvem as buzinas nas ruas e me fazem correr dos dias em que não
me enquadro.
Rogo.
Rogo aos espelhos da casa que mostrem a mim uma alegria ao acordar
Estou
queimando e as feridas a deriva me doem o coração que arranco pela boca de uma só vez
Para
que tê-lo se as batidas me incomodam?
Posso
ouvi-las bem alto com sua sofreguidão
Minha
mão não cabe em minha garganta apertada de medo
Mas
teria que arrancá-lo antes de morrer
E
fora feito o parto a Fórceps de um coração que me trazia todos os outros corações
que guardara com zelo quando esticava o físico da infância a adolescência e por
fim na idade das pessoas adultas já que a criança permaneceria em mim para
sempre.
Encontro-a
pela casa e jardim quase sempre a brincar com as bonecas de pano que foram
guardadas no sótão, ou a suspirar numa brincadeira das três marias balbuciando
palavras aos amigos imaginários
Esta
menina é feliz, mas foge-me quando a mulher solitária e serena volta.
Corina
Sátiro – 23/08/2016
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Brilho da Vida
Lindo e inexplicável, foge a razão E não há o que questionar
Amar o tudo sem nada ter
Amar com ou sem razão
Pois não existe a lógica e o Princípio ou o fim
Há sorrisos
Muito há de palpável nessa Chama que vem acalorar as Horas de frio
Há certeza do que passou,
Do que chega
Deixando pétalas ao vento
Que se anuncia como um lindo Alvorecer, os dias parecem não Ter fim
Não passou
Não passou despercebido, deixou Rastros
Ao que percebe-se na brisa leve Que vem como perfume
Deixando pétalas ao vento
Que se anuncia como um lindo Alvorecer, os dias parecem não Ter fim
Não passou
Não passou despercebido, deixou Rastros
Ao que percebe-se na brisa leve Que vem como perfume
E torna-se prelúdio do óbvio
Não se trata de nenhuma história De cinderela
Amar o que nos envolve, Plenamente, sem a posse do ser
Com a entrega e o toque suave Das mãos
Ou a insanidada causando Aquele friozinho que acontece N'uma simples troca de olhares
Entrega-se
Uma alma presente nos dias Ensolarados ou nublados
Nas noites enluaradas ou escurecidas pelo breu
Ainda, em dias chuvosos
Como alimento do espírito no Brilho da vida em sua plenitude.
29/08/1987
Não se trata de nenhuma história De cinderela
Amar o que nos envolve, Plenamente, sem a posse do ser
Com a entrega e o toque suave Das mãos
Ou a insanidada causando Aquele friozinho que acontece N'uma simples troca de olhares
Entrega-se
Uma alma presente nos dias Ensolarados ou nublados
Nas noites enluaradas ou escurecidas pelo breu
Ainda, em dias chuvosos
Como alimento do espírito no Brilho da vida em sua plenitude.
29/08/1987
domingo, 28 de agosto de 2016
O Que Tenho
Tenho sempre essa saudade não sei do quê...
Talvez de meus livros perdidos nas mudanças, ou de outros universos
Com mares azuis e libélulas gigantes
Eu, pequena, vejo o intrínseco nos olhos grandes da saudade escondida
Tenho sempre essa saudade que não sei de onde vem
Saudade que sabe de mim sem permitir-me sabê-la
Há rumores de que ninguém sabe!
Percebo-a em mim tão discreta como se tivesse a tentar esconder-se
Mas eu a vejo e a sinto
Saudade que fala, que embala, saudade de tão poucos risos
Saudade de uma lágrima que não permitiu-se rolar e umedecer a face
Tenho sempre essa saudade que me revela sentimentos confusos e ponho a estudar-me:
O que tenho no peito guardado?
O que tenho das pessoas?
O que tenho dos sonhos ?
O que meus olhos não alcançam ?
O que partiu de mim?
Tenho essa saudade estranha de não saber da saudade que tenho
27/08/2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Vidas Mortas
É chegada a hora de acordar.
Olhos abertos e investigativos resvalam no teto de madeira em cor castanha
Onde estou?
Onde estive ?
Vivi cativa no quarto cinzento e nublado com a névoa que sempre chega mansamente,
E soma nossas vidas dançando na fumaça que vem do cinzeiro enquanto nossos pensamentos sacodem a vidraça e têm o brilho pálido do adeus.
Falo a mim nas horas seguintes que
Se os anéis já estão a rolar no fundo do rio sem terem sido moldados em prata posso entender o fim
Do caminho
Do que seria
De tudo
Do que morre
Morre vagarosamente
Estou muda e meu ollhos mostram ao meu momento uma alegria quase triste que por um fio se salva de uma morte em vida.
25/08/2016
Olhos abertos e investigativos resvalam no teto de madeira em cor castanha
Onde estou?
Onde estive ?
Vivi cativa no quarto cinzento e nublado com a névoa que sempre chega mansamente,
E soma nossas vidas dançando na fumaça que vem do cinzeiro enquanto nossos pensamentos sacodem a vidraça e têm o brilho pálido do adeus.
Falo a mim nas horas seguintes que
Se os anéis já estão a rolar no fundo do rio sem terem sido moldados em prata posso entender o fim
Do caminho
Do que seria
De tudo
Do que morre
Morre vagarosamente
Estou muda e meu ollhos mostram ao meu momento uma alegria quase triste que por um fio se salva de uma morte em vida.
25/08/2016
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Amigo
Arranje um amigo "vagabundo" que dívida o último cigarro com você enquanto dão risadas de si mesmos sem contarem nenhuma piada e que nem sabe do que riem.
Que divida o único cigarro por quê o maço esvaziou e esqueceram de comprar outros,
Que dívida os cobertores no cantinho da sala de estar durante a embriagues de ambos sem sentir o cheiro do seu corpo enquanto dormem abraçadinhos,
Que diz que você está linda quando você tomou chuva pela
cara na saída da boate na madrugada. Sua maquiagem borrou e você em nada lembra aquela linda mulher que combinou sairem juntos, pois na verdade está horrível e bêbada.
Arranje um amigo.
Que te seque as lágrimas e te leve pro chuveiro nua enssaboando-a com jeitinho e sem se lembrar que você é uma fêmea de sua espécie,
Arranje um amigo que mal saiba que papel desempenha com relação ao seu grau etílico nessas horas. Que seja simplesmente o que é;
Que te peque no colo pra te levar pra dormir por que o banho te relachou, você mal consegue andar, mas ainda ouve sua voz suave dizendo: " Amanhã você ficará bem."
Corina Sátiro - 20/03/1977
Que divida o único cigarro por quê o maço esvaziou e esqueceram de comprar outros,
Que dívida os cobertores no cantinho da sala de estar durante a embriagues de ambos sem sentir o cheiro do seu corpo enquanto dormem abraçadinhos,
Que diz que você está linda quando você tomou chuva pela
cara na saída da boate na madrugada. Sua maquiagem borrou e você em nada lembra aquela linda mulher que combinou sairem juntos, pois na verdade está horrível e bêbada.
Arranje um amigo.
Que te seque as lágrimas e te leve pro chuveiro nua enssaboando-a com jeitinho e sem se lembrar que você é uma fêmea de sua espécie,
Arranje um amigo que mal saiba que papel desempenha com relação ao seu grau etílico nessas horas. Que seja simplesmente o que é;
Que te peque no colo pra te levar pra dormir por que o banho te relachou, você mal consegue andar, mas ainda ouve sua voz suave dizendo: " Amanhã você ficará bem."
Corina Sátiro - 20/03/1977
Dé jà vu
Não me reconheço nestas imagens fotografadas, nelas esbarro sem nenhum equilíbrio.
O que vejo em minhas lembranças?
O que fizeram com minhas memórias?
Penso, penso... Olho as quatro paredes de meu quarto e é espantoso não saber onde estou.
Aí, minha cabeça entulhada de pensamentos confusos !
Não sei onde me querem levar.
Por que o passado aparece em flash?
Inventaram tudo.
Criaram os templos e arrastaram multidões.
Quero sair daqui e trilhar meu próprio caminho em paz
Na inquisição queimaram bruxas e bruxos,
Queimaram aqueles que tratavam de nos encaminhar, de nos mostrar a direção.
Ainda estão aqui. Agora dissimulados.
Meus irmãos já não são meus irmãos.
Partiram em viagem nos grandes vagões da salvação.
Irei eu pelas ruas desertas porque sou dona de mim!
Sou parte do Criador.
Minúscula parte que vê todos os sóis,
Irmãos da mesma galáxia.
Sou singular
Lutarei até a morte
Me encaminho sem as leis que criaram,
Sem as rédea que há muito me tiravam o sono.
Se me seguem, matem-me!
Não tenho medo se lêem meus versos.
Se há um compromisso com a realidade, este farei valer se não me decaptarem ao amanhecer.
E se me calam, minhas palavras viverão.
Corina Sátiro - 20/10/2005
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